Flor do Caribe termina morna e sem surpresas

Flor do Caribe terminou como começou: morna, sem surpresas e enfocando a amizade de Cassiano (Henri Castelli), Ester (Grazi Massafera) e Alberto (Igor Rickli). Mas vamos aos fatos mais importantes do último capítulo.

O final da novela mostrou um Hélio (Raphael Viana) regenerado, disposto a recomeçar ao lado da família e de Zuleika (Gisele Alves). Ele ainda surpreendeu o pai ao anunciar que voltaria a ser pescador. Sempre achei que Hélio teria um final feliz, já que nunca demonstrou ser totalmente mau, apenas um rapaz ambicioso e influenciado pelo poder do dinheiro. Após amargar alguns meses na cadeia, ele aprendeu a dar valor ao que realmente importava.

Até Candinho (José Loreto) saiu lucrando com a mina de turmalina paraíba. Cassiano mostrou-se mais uma vez um homem justo e íntegro, ao dividir com o rapaz (e com a cabra Ariana, é claro), os lucros das pedras. Loreto superou as expectativas e conseguiu emocionar na pele do rapaz com problemas mentais. Candinho foi um dos personagens mais queridos da trama e deve deixar saudade.

Após uma temporada em Paris, Taís (Débora Nascimento) voltou para visitar a família e já aproveitou para apresentar o belo namorado italiano aos pais.

Enquanto isso, na Alemanha, Dionísio (Sérgio Mamberti) foi condenado à prisão perpétua. Pela televisão, Samuel (Juca de Oliveira) e Manolo (Elias Gleizer) assistiram à notícia e comemoraram o fim do “mensageiro da morte”. Palmas para esse trio de veteranos, que presenteou o público com atuações incríveis. Mérito também de Walther Negrão, que soube abordar um assunto tão espinhoso com a sutileza e a emoção necessárias.

Alberto ainda tenta dar um último susto no casal. Pra quem não sabia o que iria acontecer, deve ter rolado uma certa expectativa de que o vilão tentaria matar Ester ou Cassiano (ou os dois), colocar uma bomba no barco ou algo parecido. Mas não, Alberto tenta se matar afogado, mas é salvo pelos dois amigos de infância. Na última cena, os três se dão as mãos e deixam para trás as mágoas do passado, mostrando que a amizade é o que importa. Achei um pouco forçado que eles tivessem simplesmente perdoado o fato do pilantra ter tentado matar Cassiano, ameaçado a vida de Ester e das crianças. Tudo foi apagado como num passe de mágica, como se o trio voltasse a ter a mesma relação que tiveram na infância e adolescência.